Projeto Chapecó 2030 - Agropecuária
Introdução
Chapecó é o município pólo da Mesorregião Oeste de Santa Catarina, onde além ter a capacidade de atender as demandas regionais na prestação de serviços e beneficiamento de alimentos e metalurgia, é reconhecido nacionalmente como a capital da Agroindústria. Nesse contexto, é impossível pensar o desenvolvimento do município sem levar em conta o seu dinamismo agropecuário, sobretudo, na produção e beneficiamento de suínos e aves.
Colonizados principalmente por origem Européia, procedente do Rio Grande do Sul, as atividades econômicas iniciais foram baseadas na extração da erva-mate e exploração da madeira utilizando o Rio Uruguai como meio de transporte. O ciclo madeireiro permaneceu até os anos de 1950, quando iniciou a era da agroindústria na criação de suínos e consequentemente produção de milho e soja. Além da suinocultura existente, nos anos de 1970 iniciou a produção de frangos e perus no sistema de integração.
O sistema de integração embora altamente propulsor da economia local, também segregou propriedades, deixando espaços para a entrada de cooperativas e agroindústrias familiares impulsionando a economia agropecuária do município.
A economia de escala dos processos agroindustriais, cooperativas, gerou exclusões dos processos, surgindo novas oportunidades na produção de lácteos, hortifrutigranjeiros e outros nichos. A predominância do minifúndio da região Oeste, aliada ao empreendedorismo e políticas públicas fez de Chapecó a capital nacional da agricultura familiar gerando uma grande contribuição para a economia municipal.
A proposta do Projeto Chapecó 2030 é fortalecer a produção atual e propor alternativas rentáveis com valor agregado e sustentáveis.
Síntese do Diagnóstico
Demandas Reprimidas:
O modelo da agricultura e pecuária atual necessita de melhorias que passam por profissionalização dos produtores rurais não assistidos, assistência técnica setorizada e voltada para cada realidade partindo das propriedades improdutivas, preservação da água, reformulação completa e ampliação da infraestrutura de estradas rurais, energia e comunicação. Assim é preciso trabalhar a partir dos conceitos de cadeias produtivas setorizadas, de interfuncionalidade das políticas públicas, de difusão tecnológica, da comercialização eficiente e do respeito à legislação e ao meio ambiente.
Fragilidades:
As debilidades detectadas na agricultura estão relacionadas à baixa assistência técnica, propriedades improdutivas e sucessão familiar dos negócios, somam-se a problemas com o meio ambiente, preservação da água, infraestrutura deficiente, baixa difusão tecnológica, políticas de crédito pouco acessadas, sistema de comercialização desvinculado do mercado e modais de transporte pouco efetivos. Da mesma forma há debilidades pela inexistência de parcerias entre agentes públicos e privados e integração dos órgãos de pesquisa na difusão e implantação do conhecimento e de novas práticas existentes.
Potencialidades:
Chapecó e sua região de abrangência têm como potencialidades uma população empreendedora, com conhecimento técnico e tecnologia de produção que garante a condição de capital da agroindústria e da agricultura familiar e uma das referências do MERCOSUL. É detentor de um potencial crescente de turismo, gastronomia, centro de consumo e uma economia em crescente diversificação.
Projetos Inovadores
- Implantar a zona de compartimento para a produção animal, controlada e certificada por organismos internacionais, assegurando qualidade sanitária e agregando valor à comercialização;
- Realizar georreferenciamento das propriedades (mapear e identificar as aptidões e recursos de cada propriedade);
- Estruturação de um fomento de assistência técnica;
- Criar um centro de treinamento para produtores (transformar a escola agrícola ou outras instituições em centro de capacitação de produtores);
- Readequar a infraestrutura básica (propor novo conceito para estradas e infraestrutura rural);
- Implantar gestão estratégica (conceito de empresa privada na propriedade rural).
Indicação de Prioridades
- Infraestrutura básica (propor novo conceito para estradas e infraestrutura rural);
- Centro de treinamento para produtores (transformar a escola agrícola ou outras instituições em centro de capacitação de produtores);
- Ampliar a cobertura de Tecnologia da Informação (TI).
Indicadores
- Renda média do produtor (evolução dos últimos 5 anos);
- Produção de alimentos com maior valor agregado;
- Gestão sustentável (propriedades licenciadas);
- Indicador melhoria na infraestrutura rural (km de asfalto, pedras irregulares, cascalhamento e britagem);
- Produção e produtividade de leite (evolução dos últimos 5 anos);
- Implantação da zona de compartimento (cronograma de implantação);
- Permanência do homem no campo (números de propriedades ativas e produtivas);
- Crescimento de associações e cooperativas (evolução dos últimos 5 anos);
- Processo tecnológico (transferência de tecnologia);
- Qualidade da água (resultados e análises);
- Assistência técnica (número de propriedades em atividades assistidas);
- Qualificação de mão-de-obra do campo (número de pessoas treinadas e horas de treinamento).