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Foi realizada, na manhã de quinta-feira (15), na Câmara Municipal de Chapecó, uma reunião de trabalho de iniciativa da vereadora Marcilei Vignatti (PT) e que debateu o projeto de micro e macrodrenagem de Chapecó. O encontro contou com a presença do representante da Prefeitura Municipal Osmar Buss, de entidades como a Sociedade Amigos de Chapecó (SACH), representada pelo seu presidente Luiz Augusto Gemelli e pelo vice presidente Alcides Zigliolli, a Casan e da sociedade civil.

 Durante a reunião, a vereadora Marcilei trouxe um histórico do que foi divulgado sobre o projeto, como a conclusão dos estudos técnicos e a busca de recursos para a execução. Contudo, a informação que ficou clara na reunião é de que não há expectativa de liberação de recursos para a obra global, cujo valor se aproxima dos R$ 35 milhões. De acordo com as informações da Prefeitura, o Ministério das Cidades afirma que não há recursos e a sugestão durante os trabalhos na Câmara foi de buscar uma emenda coletiva dos parlamentares catarinenses.

Marcilei destaca que, apesar de esperar essa obra, é preciso pensar alternativas e ações para ir resolvendo essas questões que são urgentes. “A cada chuva temos os mesmos problemas nos mesmos pontos de alagamentos. Não podemos esperar mais 5 ou 10 anos para resolver. Além disso, como foi abordado durante nossa reunião, o tema é complexo. Precisamos olhar para nossos rios e banhados pensando também no desenvolvimento urbano de Chapecó, no abastecimento de água e no saneamento básico”, destaca. 

Entre os encaminhamentos da reunião de trabalho definiu-se por uma reunião com a empresa vencedora da licitação para o estudo técnico para contenção de águas pluviais na região do bairro São Pedro, local não contemplado no projeto anterior. “A ideia da reunião de trabalho com a empresa não é interferir no estudo da mesma, mas sim, apresentar a eles todo o acúmulo que as diversas entidades e universidades têm sobre o tema. O objetivo é que além de um laudo técnico o estudo leve em conta uma visão global da localidade. Essa é a preocupação dos presentes na reunião. Muitos estudos são feitos tecnicamente e apresentados prontos em audiência pública, não permitindo a participação da sociedade civil, que muitas vezes, tem muito a contribuir”, explica a vereadora.

Marcilei ainda ressalta que a reunião mostrou a necessidade de que o município realize o cadastro de recursos hídricos para que possa legislar sobre os mesmos, com a reclassificação dos rios. “Outro ponto fundamental é trabalhar a conscientização de toda a sociedade. Não podemos mais tolerar o aterramento dos banhados, as construções sobre os leitos dos rios e o lixo jogado nos cursos d´água. Tudo isso, junto com os problemas consolidados que já temos, resulta nos alagamentos que vemos a cada chuva torrencial”, frisa Marcilei.